Bloomberg Línea — Boa noite! Este é o After Hours - o seu resumo diário do que aconteceu no mercado. Uma seleção da Bloomberg Línea com os temas de destaque no mundo dos negócios e das finanças.
Em uma sessão de mau humor externo, o Ibovespa (IBOV) ampliou as perdas e encerrou o pregão desta segunda-feira (11) em queda de 1,16%, abaixo dos 117 mil pontos, no menor patamar desde 21 de março. Já o dólar seguiu pressionado a maior parte do dia com o sentimento de maior aversão ao risco, mas fechou estável, aos R$ 4,70.
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O principal índice de renda variável da Bolsa brasileira caiu puxado pelas ações da Vale (VALE3), que recuaram 1,21%, a R$ 94,00, e pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4), com baixas de 1,32% e 0,76%, a R$ 36,60 (ON) e R$ 33,95 (PN).
O movimento se dava pela queda no preço do minério de ferro e do petróleo, com baixa de 4% do petróleo tipo WTI em meio aos riscos da demanda provocados pelos lockdowns na China, bem como após afirmações de lideranças do Irã de que o acordo nuclear de 2015 se encontra na “sala de emergência”.
Por aqui, o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto itiu “surpresa” com os últimos dados de inflação, o que foi interpretado pelo mercado como possibilidade de aumento de juros depois de maio.
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Segundo Campos Neto, a autoridade monetária vai analisar se as surpresas no IPCA divulgado sexta mudam tendência, e “comunicar no momento mais apropriado”. A fala levou a uma alta dos juros futuros, com avanço de 16 pontos-base no DI para 2025, a 11,97%.
Ainda na Bolsa brasileira, o destaque positivo ficou com as ações de grandes bancos, como as de Banco do Brasil (BBAS3), que subiram 0,63%, em meio a um movimento de rotação de papéis que beneficia o setor. Já as ações de Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11), que também operavam em alta, viraram para queda no fim do pregão, em baixa de 0,14% e 0,59%, respectivamente.
Já entre as maiores quedas do Ibovespa ficou BRF (BRFS3), com baixa de 7,11%, a R$ 16,20. Na semana ada, Carlos Alberto de Moura e Sidney Manzaro renunciaram dos cargos de vice-presidente financeiro e de relações com investidores e de vice-presidente Brasil, respectivamente.
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Confira o fechamento dos mercados nesta segunda-feira (11):
O sentimento do mercado continua a ser moldado por um Fed agressivo, interrupções no mercado de commodities causadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia e a perspectiva de uma desaceleração econômica.
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As restrições à covid na China ameaçam exacerbar os problemas da cadeia de suprimentos, alimentando ainda mais os riscos de inflação. Os investidores estão aguardando os balanços corporativos referentes ao primeiro trimestre deste ano para restaurar a confiança nas perspectivas para as ações.
Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com agem pela redação do InfoMoney.
News director da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista com mais de 20 anos de experiência na cobertura diária de finanças, mercados e empresas abertas. Trabalhou no Valor Econômico e na Folha de S.Paulo. Foi bolsista do programa de jornalismo da Universidade de Michigan.