Luis Stuhlberger assume estratégia de ações da Verde após reestruturação de time
Experiente gestor do multimercado que deu nome à casa assume decisões sobre fundos de ações com saída de Elmer Ferraz, depois das perdas de 7,1% em abril (após taxas)
Luis Stuhlberger assume estratégia de ações da Verde após reestruturação de time |Luis Stuhlberger, cofundador da Verde Asset e agora à frente também da estratégia de ações (Foto: Patricia Monteiro/Bloomberg)
Por Felipe Saturnino - Rachel Gamarski - Vinícius Andrade
Bloomberg — Luis Stuhlberger ou a ser o responsável pelas decisões de investimento nos fundos de ações Brasil da Verde Asset Management em meio a uma reestruturação da estratégia depois das fortes perdas registradas em abril, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News.
Elmer Ferraz, gestor de ações, deixou o fundo, disseram as pessoas, que pediram anonimato ao discutir mudanças de pessoal da gestora.
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Raul Cavendish e Luiz Paulo Nogueira, que eram analistas de ações do time de Ferraz, também saíram como parte de uma reestruturação na equipe que gere os fundos de ações, segundo as pessoas.
Stuhlberger, que ajudou a fundar a Verde em 2015 - a origem da casa remonta aos anos 1980, com a então corretora Hedging-Griffo, depois vendida como gestora em 2007 para o Credit Suisse -, será responsável pela tomada de risco nesses fundos por ora, disseram as pessoas, enquanto Antonio Barreto será o responsável pela área de equity research.
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A Verde confirmou as mudanças, que foram reportadas mais cedo pelo portal Seu Dinheiro. Nogueira não comentou. Ferraz e Cavendish não responderam a um pedido de comentário da Bloomberg News.
O Verde AM Ações FIA registrou queda de 7,1% após taxas em abril, em comparação com um recuo de 1,7% do Ibovespa no mesmo período.
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Posições em Suzano, Itaú Unibanco e XP contribuíram para as perdas no mês ado, de acordo com a carta de gestão do fundo.
Enquanto isso, o principal fundo multimercado da Verde teve retorno negativo de 3,8% após taxas no mês ado, a maior queda mensal desde o fim de 2021, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
A Verde, cujo fundo carro-chefe retornou mais de 24.000% desde o lançamento em 1997, gere cerca de R$ 22 bilhões e é uma das principais gestoras independentes do Brasil.