CEO à distância: morar longe da sede se torna mais comum no mercado corporativo
Novos diretores-executivos de Starbucks e Victoria’s Secret se tornam exemplos recentes de líderes que vão dividir o tempo entre a cidade em que moram e a que abriga a empresa em que trabalham
CEO à distância: morar longe da sede se torna mais comum no mercado corporativo |O novo CEO da Starbucks não precisará se mudar para Seattle, enquanto a nova CEO da Victoria’s Secret, com sede em Columbus, Ohio, ficará baseada em Nova York(Photographer: Erik Von Weber/The/Erik Von Weber)
Bloomberg — A sede da rede de cafeterias Starbucks fica em Seattle, no estado de Washington. No entanto seu recém-nomeado CEO não mora na mesma cidade nem no mesmo estado. Trata-se de uma tendência crescente entre líderes de alto escalão que moram a uma distância de avião da sede, em um momento em que cresce a exigência para que muitos funcionários voltem ao escritório.
Brian Niccol, o novo CEO da Starbucks, não precisará se mudar para Seattle, embora vá ar muito tempo na cidade no noroeste dos Estados Unidos. Ele também vai ganhar um escritório remoto em Newport Beach, na Califórnia, onde seu atual empregador, a rede de fast food Chipotle Mexican Grill, tem base.
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O mesmo direito acaba de ser concedido na Victoria’s Secret, com sede em Columbus, no estado de Ohio, que nomeou nesta semana uma nova CEO que ficará baseada em Nova York. Hillary Super, que foi contratada da marca de lingerie da cantora Rihanna, vai se mudar da Califórnia para morar em Nova York, a uma distância muito menor da sede.
Ambos os executivos concordaram em se deslocar com frequência para suas funções. A Starbucks permitirá que Niccol use o avião corporativo, enquanto a Victoria’s Secret cobrirá as despesas de viagem de Super.
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Os dois CEOs estão se juntando ao crescente número de líderes corporativos que têm a opção de istrar seus negócios a centenas ou milhares de quilômetros de distância, pelo menos por parte do tempo.
Brian Niccol, CEO do Chipotle que assumirá a Starbucks |Embora a sede da Starbucks fique em Seattle, o executivo, que mora na Califórnia, não terá que se mudar para lá(Robin Marchant)
Algumas escolhas de local devem-se a razões do próprio negócio.
Kelly Ortberg, que se tornou CEO da Boeing neste mês, ficará em Seattle, onde ele pode supervisionar o centro crítico de fabricação do modelo 737, que a por mudanças para melhorar a qualidade após um incidente no início do ano. A sede corporativa da Boeing fica em Arlington, no estado da Virgínia.
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Outros arranjos, contudo, acomodam onde o CEO mora. Scott Kirby, que comanda a United Airlines, divide seu tempo entre sua residência principal em Dallas e a cidade Chicago, onde a empresa está sediada.
O movimento contrasta com a tendência de retorno ao escritório, com cada vez mais empresas ampliando os dias obrigatórios de trabalho presencial.
Na Starbucks, por exemplo, os funcionários corporativos aram a ter, desde o início do ano ado, a obrigação de ir ao escritório pelo menos três dias por semana; a medida provocou uma reação negativa de alguns trabalhadores.
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Alguns funcionários da Victoria’s Secret estão no escritório, enquanto outros têm permissão para trabalhar remotamente. Super não é a primeira nem a única executiva sênior da empresa a estar fora de Ohio.
“Temos escritórios em muitos locais, incluindo Nova York”, disse um porta-voz da Victoria’s Secret em comunicado. “Para nós, o mais importante é que nossas equipes se sintam apoiadas, não importa onde estejam.”
O antecessor de Super, Martin Waters, também residia em Nova York e visitava as instalações de Ohio com frequência.
Niccol, que mudou a sede da Chipotle de Denver, não segue os os de seu antecessor na Starbucks. O ex-CEO da rede de cafeterias, Laxman Narasimhan, mudou-se do Reino Unido para Seattle. Mesmo assim, Niccol ará a maior parte do tempo na cidade de Seattle, de acordo com um porta-voz da Starbucks.