China tem importação recorde de soja em maio com aumento das compras do Brasil
As compras de soja pelo país asiático mais que dobraram em relação ao mês anterior, para 13,92 milhões de toneladas em maio
China tem importação recorde de soja em maio com aumento das compras do Brasil |Processadores chineses correram para garantir grãos devido a preocupações com a guerra comercial. (Foto: Andressa Anholete/Bloomberg)(Bloomberg Creative/Bloomberg Creative Photos)
Bloomberg — As importações de soja pela China subiram para uma máxima histórica no mês ado, já que o maior comprador mundial do grão adquiriu grandes volumes, principalmente do Brasil.
Isso ocorreu em meio a preocupações de que a guerra comercial com os Estados Unidos possa elevar os preços globais.
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As compras de soja pelo país asiático mais que dobraram em relação ao mês anterior, para 13,92 milhões de toneladas em maio, mostram dados alfandegários da China. As importações já haviam aumentado 73% em abril.
Processadores chineses correram para garantir grãos baratos — reservando pelo menos 40 carregamentos do Brasil em uma única semana no início de abril — devido a preocupações de que a disputa comercial pudesse complicar as importações dos grãos dos Estados Unidos.
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Embora Pequim tenha diversificado suas compras agrícolas — incluindo a aquisição de mais soja do Brasil, que agora é seu maior fornecedor — o grão ainda é o principal produto agrícola exportado dos Estados Unidos para a China.
Houve algum progresso nas negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Os EUA e a China retomam as negociações em Londres nesta segunda-feira (9).
Pequim reduziu suas tarifas sobre todos os produtos dos EUA após os dois países firmarem uma trégua comercial em Genebra, em maio, mas as tarifas extras impostas anteriormente sobre uma série de produtos agrícolas americanos, incluindo a soja, permanecem em vigor.
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Um alto funcionário do órgão de planejamento estatal chinês afirmou, em abril, que o fornecimento de grãos no país não será afetado pela perda de importações de grãos para ração e oleaginosas dos EUA, graças à abundância de substitutos disponíveis no mercado global e às reservas domésticas suficientes.