Deere vê Brasil acima da Europa em vendas nos próximos anos
A empresa espera um aumento de 27% na área plantada com grãos no Brasil nos próximos 10 anos, enquanto a produção de etanol de milho deve dobrar no mesmo período, dizem executivos à Bloomberg News
Deere vê Brasil acima da Europa em vendas nos próximos anos |As vendas de máquinas utilizadas para semear, pulverizar produtos químicos e colher safras, de soja a milho e cana-de-açúcar, devem crescer conforme o Brasil aumenta sua produção agrícola (Foto: Luke Sharrett/Bloomberg)(Luke Sharrett)
Boomberg — A Deere espera que as vendas de máquinas agrícolas como tratores e colheitadeiras para o Brasil ultraem as da Europa nos próximos cinco a 10 anos, tornando o país o segundo maior mercado da empresa.
As vendas de máquinas utilizadas para semear, pulverizar produtos químicos e colher safras, de soja a milho e cana-de-açúcar, devem crescer conforme o Brasil aumenta sua produção agrícola, disseram em uma entrevista à Bloomberg News o diretor financeiro da John Deere, Joshua Jepsen, e o vice-presidente de sistemas de produção para a América Latina, Cristiano Correia.
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“Quando olhamos para os números da produção de soja e milho para os próximos dez anos, não há outra região com uma taxa de crescimento composta tão alta quanto a do Brasil, e isso obviamente deve influenciar as vendas”, afirmou Correia.
“O Brasil é cada vez mais importante para a nossa estratégia”, acrescentou Jepsen.
A empresa, sediada no estado americano de Illinois, realiza seu primeiro dia do investidor no Brasil em mais de uma década, com cerca de 40 investidores dos EUA, Europa, Canadá e Japão. A Deere espera um aumento de 27% na área plantada com grãos no Brasil nos próximos 10 anos, enquanto a produção de etanol de milho deve dobrar no mesmo período.
Embora a empresa veja as vendas do setor estáveis na América do Sul no ano fiscal de 2025, a Deere projeta um aumento de mais de 10% nos embarques de suas fábricas para as concessionárias no mesmo período, segundo Correia.
As vendas de equipamentos agrícolas no Brasil caíram nos últimos anos, à medida que a queda nos preços das commodities reduziu os recursos de produtores, o que levou a uma diminuição nos estoques das concessionárias, que agora estão sendo reabastecidos.