Bloomberg — A nota de crédito da Argentina foi elevada pela Fitch Ratings, citando a iniciativa do país de desmantelar os controles cambiais e seu sucesso em garantir financiamento multilateral.
A empresa de classificação elevou a nação sul-americana em um nível, de CCC para CCC+, de acordo com um comunicado na segunda-feira (12). A Fitch não atribui perspectivas a países soberanos com uma nota CCC+ ou inferior.
A mudança ocorre em um cenário de alta em relação à Argentina, uma vez que o presidente Javier Milei promete restaurar o crescimento econômico com uma ampla agenda de reformas.
A dívida do país foi um dos investimentos com melhor desempenho nos mercados emergentes no ano ado.
Os títulos soberanos de referência do país com vencimento em 2035 avançaram 0,7 centavos na segunda-feira, sendo negociados a 68 centavos de dólar, de acordo com dados de preços compilados pela Bloomberg.
Leia também: Juros altos por mais tempo: JGP vê Selic em 15% ao ano e corte só em abril de 2026
Em abril, o governo suspendeu a maioria dos controles do mercado de câmbio como parte de um programa de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional.
Muitos em Wall Street argumentaram que, com o fim da maioria dos controles de capital, o país pode reconstruir mais facilmente suas reservas internacionais, dinheiro de que precisa para sustentar o peso e fazer pagamentos de dívidas no exterior.
Segundo os analistas, a medida também coloca a nação propensa à crise em uma posição melhor para atrair investimentos estrangeiros diretos e, por fim, ar os mercados de dívida internacionais.
Os investidores afirmam que novos ganhos nos ativos dependem de Milei e sua equipe continuarem a cumprir uma agenda de austeridade fiscal rigorosa, ao mesmo tempo em que estimulam o crescimento econômico e mantêm o apoio popular antes de uma eleição importante de meio de mandato em outubro.
A Moody’s Ratings elevou a pontuação de crédito da Argentina em um nível, para Caa3, em janeiro, aumentando a perspectiva de estável para positiva. A S&P Global Ratings afirmou sua classificação CCC no início de fevereiro.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
EUA e China anunciam acordo para reduzir tarifas para 30% e 10% por 90 dias
©2025 Bloomberg L.P.
