Futuros dos EUA operam em alta antes de dados de emprego e serviços nos EUA
“Ainda não estamos vendo choques em relação a como as tarifas vão impactar o mercado de trabalho” disse Moritz Kraemer, economista-chefe do LBBW Bank, em entrevista à Bloomberg TV
Futuros em NY avançam na volta do feriado; títulos sobem após sinalização do Japão |
Bloomberg — Os futuros de ações dos EUA operam em alta nesta quarta-feira (4) enquanto investidores aguardam novos dados sobre o mercado de trabalho, que até agora tem se mostrado mais resiliente do que o esperado em meio à guerra comercial.
Os contratos do S&P 500 registraram pouca variação após o índice de referência dos EUA avançar por dois dias consecutivos pela primeira vez desde meados de maio. O dólar caiu 0,1% e os Treasuries dos EUA mantiveram estabilidade.
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Embora alguns economistas temam uma queda mais acentuada do emprego nos EUA nos próximos meses, sob o peso das tarifas, isso ainda não apareceu nos dados.
O impacto contido aumentou o otimismo e ajudou a amenizar as preocupações com as políticas comerciais do presidente Donald Trump, que, segundo economistas, podem levar a uma desaceleração econômica.
Investidores acompanharão ainda nesta quarta-feira os dados do setor de serviços e o relatório da ADP sobre o emprego no setor privado, em busca de informações atualizadas sobre a força da economia dos EUA, antes da divulgação do payroll (relatório de empregos) na sexta-feira.
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“Ainda não estamos vendo choques em relação a como as tarifas vão impactar o mercado de trabalho ou a inflação” disse Moritz Kraemer, economista-chefe e chefe de pesquisa do LBBW Bank, em entrevista à Bloomberg TV. “Isso está apenas sendo adiado.”
Na Coreia do Sul, o índice Kospi saltou 2,7% após o país eleger um novo presidente, encerrando seis meses de caos político. O won sul-coreano avançou 0,8%.
“Uma confluência de sinais macroeconômicos e políticos mais claros está dando novo fôlego aos mercados,” disse Hebe Chen, analista da Vantage Markets em Melbourne.
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“O otimismo fermentou em Wall Street durante a noite após dados positivos de emprego, e foi amplificado na Ásia com a clareza pós-eleição na Coreia. Juntos, deram aos investidores um bom motivo para manter a postura de risco.”
Veja a seguir outros destaques desta manhã de quarta-feira (4 de junho):
- Remy Cointreau revisa metas. A fabricante de bebidas retirou suas metas de longo prazo e citou tarifas nos EUA e na China e a fraca demanda americana. As ações subiram 4,4% com sinais de estabilização nos EUA. No ano, porém, acumulam queda de 43%.
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- Miniso se prepara para IPO. A empresa teria contratado os bancos JPMorgan e UBS para coordenar a oferta pública inicial da Top Toy em Hong Kong. A empresa busca atrair investidores, incluindo fundos soberanos, antes da listagem, segundo fontes que falaram à Bloomberg News.
- Acordo EUA-China. O presidente Donald Trump disse em uma postagem nas redes sociais que o líder chinês Xi Jinping era muito difícil de se negociar, o que levantou dúvidas sobre a manutenção de uma frágil trégua econômica entre as duas maiores economias do mundo.
Ações globais 04/06/25
🔘 As bolsas ontem (03/06): Dow Jones Industrials (+0,51%), S&P 500 (+0,58%), Nasdaq Composite (+0,81%), Stoxx 600 (+0,09%), Ibovespa (+0,56%)
Formada em jornalismo pela Fáculdade Cásper Líbero, tem mestrado em Ciências da Comunicação pela Unisinos, e acumula agens por veículos como Valor Econômico, Capricho, Nexo Jornal e Exame. Na Bloomberg Línea Brasil, é editora-assistente especializada na cobertura de agronegócios.