Bloomberg Línea — O BTG Pactual (BPAC11), maior banco de investimento da América Latina, anunciou nesta quinta-feira (18) a aquisição de 100% da Serglobal Participações, conhecida como Sertrading, uma das maiores empresas especializadas em importação do Brasil. O valor do negócio não foi divulgado.
A transação marca a criação de uma nova linha de negócio do banco liderada pelos atuais acionistas da Sertrading, que arão a ser sócios da instituição. Os funcionários da Sertrading am a ser colaboradores do BTG Pactual.
A Sertrading foi fundada há mais de 20 anos em São Paulo e é liderada pelo fundador e CEO Alfredo de Goeye e pelo vice-presidente Luciano Sapata.
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A companhia atua em mais de 16 setores, desde itens pesados da aviação executiva, máquinas e equipamentos, até o automotivo e o farmacêutico, dentre outros.
Segundo o BTG Pactual, em quatro anos, o volume transacionado em operações de comércio exterior ou de R$ 5 bilhões ao final de 2019 para R$ 19 bilhões ao final de 2023.
“A aquisição é estratégica para o BTG Pactual, pois vai permitir nossa entrada no setor de comércio exterior, ando uma nova base de clientes. Com a expertise já reconhecida da Sertrading, que atua no mercado há mais de duas décadas, o banco a a oferecer um portfólio ainda mais completo de produtos e serviços para seus clientes”, disse Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, em nota à imprensa.
A Sertrading possuía patrimônio líquido aproximado de R$ 400 milhões no final de 2023.
“Com a aquisição o BTG Pactual poderá ofertar à sua base de clientes os serviços especializados da Sertrading no setor de importação de bens, bem como disponibilizar sua extensa gama de produtos financeiros aos clientes da Sertrading”, acrescentou o banco.
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“A Sertrading vem de um ritmo acelerado de crescimento nos últimos anos, e as sinergias que vamos obter nos juntando ao BTG Pactual representam uma oportunidade de aumentar ainda mais os serviços que oferecemos aos nossos clientes”, disse o fundador e CEO da Sertrading em nota.
Quem assessorou a Sertrading na estruturação da venda para o BTG foi a CVPAR Business Capital, casa de investimentos com R$ 940 milhões de ativos sob gestão, que atua em fundos de crédito (FIDCs), assessoria e transações para M&As, mercado imobiliário (DCM e FIIs) e seguros, istrados por meio da Ezze Seguros.
Esta é a segunda aquisição anunciada pelo BTG Pactual em menos de um mês. No dia 28 de junho, anunciou a compra do banco M.Y. Safra, de Nova York, com o objetivo de fortalecer a oferta de produtos para clientes de alta renda nos EUA.
A série de aquisições ocorre em um momento em que a instituição renova a cada trimestre o recorde de indicadores-chave em seus resultados.
Em maio, o CFO do BTG, Renato Cohn, afirmou a jornalistas que o banco deve entregar um retorno maior aos seus acionistas em 2024 na comparação com o ano anterior.
No primeiro trimestre, o lucro somou R$ 2,9 bilhões, alta anual de 27,7%, com um ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) de 22,8%, maior do que o de igual período do ano anterior (20,9%).
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