Rodadas da semana: startups de remoção de carbono e de RH recebem aportes
Mombak fechou uma captação de R$ 100 milhões, enquanto a Start Carreiras, focada em empregos para universitários, levantou um investimento Seed de R$ 13 milhões
Rodadas da semana: startups de remoção de carbono e de RH recebem aportes |O investimento na Start Carreiras foi liderado pela Graphene Ventures e contou com a participação da Maya Capital e da Norte Ventures: foco em ajudar estudantes a conseguir emprego
Bloomberg Linea — Os últimos dias têm sido marcados por um choque global, com os Estados Unidos e a China envolvidos em uma guerra comercial que ganha escala, o que eleva as tensões e as incertezas nos mercados.
No Brasil, porém, alguns dos mais renomados fundos de investimentos em startups focam em outras narrativas e nas oportunidades que esse novo cenário geopolítico pode abrir na região.
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No South Summit, em Porto Alegre, Riverwood, General Atlantic e Endeavor Catalyst emitiram uma mensagem uníssona: estão otimistas com oportunidades no Brasil e na América Latina.
“Quando olhamos para os mercados, a América Latina é a bola da vez em termos de países ideais para investir”, afirmou Rodrigo Catunda, managing director da General Atlantic, fundo com investidas como Hotmart, a plataforma de saúde Conexa e a Live Mode, empresa da Cazé TV.
“À medida que as pessoas têm o às informações e também à forma de processamento desses dados, basicamente todo mundo compete no mesmo campo de batalha, não importa se está no Brasil, na África ou na Europa”, disse Alex Szapiro, managing partner do SoftBank para a América Latina.
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“Isso vai gerar um grande salto, o que vai criar grandes oportunidades para nós como investidores.”
Os investimentos em treinamento de IAs para facilitar o match entre universitários e empresas irão consumir a maior parte do capital.
A startup tem uma base com mais 700 mil jovens cadastrados em sua plataforma, um portfólio com alunos de grupos de ensino e cursos diversos.
O mais novo recurso em desenvolvimento na Start permite que os recrutadores criem prompts com a descrição da vaga, o que acelera a busca dos perfis mais adequados e o processo de contratação.
Startup de remoção de carbono, a Mombak fechou uma captação de R$ 100 milhões para restauração florestal.
Os recursos saíram do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Novo Fundo Clima) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e contam com fiança bancária do Santander. O investimento marca a primeira operação do fundo, lançado em 2023.
Os valores serão usados para o reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia e permitirão que a startup amplie a sua presença no estado do Pará, onde concentra os seus esforços de atuação.
Fundada em 2021 por Peter Fernandez (ex-CEO da 99) e Gabriel Silva (ex-CFO do Nubank), a Mombak levantou US$ 200 milhões até aqui com a sua tese de remoção de carbono a partir da recuperação de ecossistema e plantação de árvores.
No portfólio de clientes estão nomes como Microsoft, Google e McLaren Racing.
O montante levantado será usado para acelerar a expansão do negócio por regiões como Ásia-Pacífico, América Latina, Europa, Reino Unido e América do Norte.
No Brasil, a operação tem sido comandada pelo diretor de expansão Shakthidhar Bhaskar, conta com cinco pessoas e prevê a contratação de mais 15, entre as áreas de produto, desenvolvimento e comercial.
Na Índia, outros 50 engenheiros devem ser adicionados à equipe com dedicação exclusiva à operação brasileira. A projeção dos sócios-fundadores é a de investir cerca de US$ 10 milhões ao longo dos próximos anos localmente.
Jornalista brasileiro especializado na cobertura de startups, inovação e tecnologia. Formado em jornalismo pela PUC-SP e com pós em Política e Relações Internacionais pela FESPSP, acumula agens por veículos como Exame, UOL, Meio & Mensagem e Propmark